Por esses motivos o autoconhecimento é fundamental para desenvolvermos o amor-próprio e fortalecermos a autoestima. Mas você pode me dizer; “Eu me conheço muito bem” ..., então faça o seguinte teste: pegue uma folha de papel em branco e um lápis, assim como aquela brincadeira de criança, coloque a mão sobre o papel e desenhe o contorno dela. Após isso, sem olhar na palma dessa mão que você desenhou, desenhe as linhas e marcas que tem. Confira o resultado comparando o desenho com a mão. Seja sincero e responda para você mesmo: Você se conhece?
Agora pense: quantas vezes por dia nós nos olhamos no espelho? Vamos ver se estamos penteados, se nossa roupa está combinando, os homens ajeitam o nó da gravata e as mulheres retocam a maquiagem. Mas quantas vezes paramos e olhamos para nosso “espelho interior” para ver como está nossa autoestima, nossa motivação, nosso foco, nossos caminhos em busca dos objetivos etc.
É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Buscamos cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas, carros, eliminar alguns quilinhos, mas quase sempre esquecemos que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.
Quando estamos bem conosco, as pessoas percebem não pela roupa que estamos usando ou pelo carro que estamos dirigindo, mas sim pelo nosso olhar, o sorriso no rosto, a paz de espírito e o prazer pela vida.
Amar-se é condição básica para elevar nossa autoestima. E como está a sua?
Se quiser pode fazer um exercício rápido que pode ajudar no seu autodesenvolvimento:
- Coloque em uma folha 10 coisas que você gosta em si mesmo.
- No verso escreva 10 dez coisas que você não gosta ou que gostaria de mudar.
Agora te pergunto: Qual lista foi mais fácil de completar?
Na maioria dos casos, as pessoas têm mais facilidade para listar os 10 pontos negativos. Em nome de uma falsa humildade, aprendemos que dizer aquilo que gostamos em nós mesmos pode ser presunção, egocentrismo ou orgulho. Nada disso! Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto os negativos, pois só assim seremos capazes de mudar aquilo que nos incomoda ou nos faz sofrer e valorizar o que temos de bom e que geralmente mergulhados em tantas críticas e cobranças, acabamos por esquecer.
Continue o exercício:
- Observe suas 2 listas. Coloque um "I" nas características Internas, ou seja, que dependem apenas de você reconhecê-las. E um "E" nas características Externas, que dependem da opinião de outras pessoas.
- Qual a quantidade de “Is” e de “Es”, o que você pode verificar? Há um equilíbrio ou você pende para um dos lados?
Se temos mais características externas somos mais vulneráveis à opinião dos outros e assim, mais facilmente manipuláveis. Dependeremos mais da aprovação dos outros, que infelizmente das nossas. Todas as vezes que nos esquivamos da responsabilidade sobre as coisas que nos acontecem, nos frustramos mais facilmente e diminuímos nossa autoestima, arrumando desculpas para não mudarmos nossas atitudes, fugindo das nossas responsabilidades. O importante é termos consciência que o que fazemos é o reflexo do que somos.
Não temos uma alternativa para aumentar o autoconhecimento: é preciso saber das nossas qualidades e reconhecer nossas limitações, trabalhando para mudá-las podemos mudar uma a uma. Reconhecendo nossos pontos fortes nos sentiremos mais confiantes e com maior capacidade de atingir nossos objetivos, independente das críticas ou opiniões alheias, pois acreditamos que somos capazes.
Esse processo permite que possamos conhecer nossa real essência, usar nossa energia de forma mais produtiva, alcançando mais satisfação e realização em todos os campos da nossa vida.
Conheça-se e você percebera o quanto pode ser mais produtivo, criativo, realizado e
feliz.
Grande abraço.
Cezar Nunes